sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Inspirações... Ayres Fine Bespoke Taylor

A minha idade permite-me o perdão de algumas falhas de memória. E se em Londres, Milão, Roma ou Paris existem Alfaiates de renome, nós por cá, além de muitos artesãos de grande qualidade, possui-mos também um Jovem Artista da arte "bespoke", do qual já deveria ter falado, que após passagem por Madrid, Savile Row (onde confeccionou um fato para o Príncipe Carlos), e Nova Iorque, decidiu regressar a Portugal. A minha singela homenagem através deste seu vídeo de apresentação, poderá também obter maiores informações no seu site Ayres Fine Bespoke Taylor.



Obrigado Ayres,

Cordialmente, e seja elegante

O Ancião

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Inspirações... Timothy Everest by Joshua Osborne

Nestes tempos de crise, é bom ver uma Marca de Alfaiataria inglesa confeccionar os seus fatos de meia medida em Portugal, em alternativa à Itália.

Uma marca que com uma dinâmica de rejuvenescimento do tradicionalismo britânico continua a ser um modelo de qualquer tradição vestimentar masculina.




Para provar essa dinâmica uma estética curta-metragem realizada por Joshua Osborne com uma luz e fotografia belíssima.

Cordialmente,

O Ancião

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A Paciência é uma grande virtude…

Alguns dias atrás no seu blogue Parisian Gentleman, Hugo Jacomet escrevia a propósito de um par de sapatos Alessandro da marca Berluti que andou uma década aos domingos a rondar a montra dessa sapataria na rua Marbeuf em Paris.
Durante alguns anos desejei ter uma gravata Hermès, e no sapatinho alguns anos atrás o Menino Jesus lá deixou a sua oferta, uma gravata em seda azul-escuro da dita marca. Passou a ser para mim o luxo supremo, visto ter excelentes e bonitas gravatas mas nenhuma que se comparasse a essa. Agora sonho poder envergar uma gravata de sete pregas Marinela, mas isso é outra história. Voltando à minha Hermès hoje em dia utilizou-a indiferentemente sem reflectir na sua condição de estrela das gravatas na minha gaveta, onde se juntaram outras peças de nome nem sempre tão conhecidas mas de igual ou melhor feitura.
Mas a sua qualidade fez com que a paciência até a obter, se tornou uma forma normal de adquirir um bem que se enquadra no meu dia-a-dia de forma ordinária. Por isso um conselho quando substituir a sua próxima peça de roupa seja paciente, poupe, palavra na moda nos tempos de hoje, não utilize o seu cartão de crédito, e vá comprando cada elemento do seu guarda-roupa de forma criteriosa e da melhor qualidade possível. Um sábio conselho que recebi um dia, dizia para nunca comprar o que não se precisava, mas no dia que tivesse de ser, adquirir o de melhor qualidade possível. O gasto extra em qualidade de peças intemporais, vai construindo um guarda-roupa impressionante… e ao longo do tempo é mais barato que comprar e substituir peças baratas de qualidade inferior. Porque como ira adquirir peças novas antes de ter de substituir, o seu guarda-fatos vai-se tornar uma grande colecção.
Seja paciente com os seus investimentos, e dessa forma adquirir peças de qualidade vai se tornar uma coisa habitual. É muito mais compensatório do que parece.
Cordialmente, e seja elegante
O Ancião

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Inspiração... para um fim-de-semana de chuva

Tendo em atenção as previsões da nossa meteorologia, iremos ter um fim-de-semana com alguns aguaceiros. Vamos reagir com bom humor e tirar do bengaleiro um acessório que se for de boa qualidade com cabo em madeira, de cor preta, suficientemente grande para abrigar-nos a nós e a nossa cara-metade, pode ser um bom elemento para realçar a nossa elegância. Esse acessório tem por nome de guarda-chuva, adoptado pelos ingleses que o viram pela primeira vez em Portugal, talvez importação das nossas colónias no oriente. Mas só pode ser elegante um guarda-chuva de cana, e não aqueles “supositórios” telescópicos que também tem o mesmo nome.
Bom fim-de-semana,
O Ancião

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O guarda-roupa do Gentleman


Espero não os estar a maçar, mas o prometido é devido e aqui vai a tradução do primeiro capitulo de um livro que de forma simples, irónica e mordaz nos descreve como um Gentleman Inglês se vê e critica os preceitos da não elegância.

O guarda-roupa do Gentleman (tirado do livro Le Chic Anglais de James Darwen)


Vamos abrir com delicadeza as pesadas portas de mogno de Cuba com vistosas molduras de cedro preto e espreitamos.

O que o guarda-fatos contém depende muito evidentemente das actividades do nosso Gentleman. Se o nosso Gentleman, como numerosas vitimas das pressões dos tempos modernos, quer dizer da paranóia thatcherista e choramingas dos banqueiros em inicio de carreira, se o Gentleman se viu na necessidade de oferecer os seus serviços ao mundo dos negócios, o seu roupeiro não pode conter menos de – e é um mínimo absoluto – de:
• 5 Fatos para a cidade;
• 2 Fatos de tweed para usar no campo (inverter os números para os gentlemens tendo a oportunidade de viver numa zona rural ou para todos aqueles que querem dar essa impressão);
• 3 Casacos de tweed;
• 1 Blazer de trespasse sem emblema;
• 1 Smoking;
• 1 Ou 2 casacos de verão (falamos aqui do gentleman morando em Inglaterra);
• 2 Pares de calças de fazenda cinza;
• 3 Pares de boxers;
• 1 Cesto de meias (muitas das vezes por meios-pares porque a tendência das máquinas de lavar modernas é de fazer desaparecer uma meia – nunca duas);
• 85 Gravatas (de tipo club para todos os dias, e uma mais formal);
• 17 Lenços para os bolsos de casaco;
• 5 Camisas clássicas de cor branca;
• 13 Camisas clássicas;
• 25 Camisas para o fim-de-semana e passeio no campo;
• 8 Camisolas com e sem mangas;
• 3 Pares de pijamas;
• 1 Roupão em lã;
• 3 Roupões de Seda (para o prazer);
• 2 Casacos de interior (em veludo);
• 5 Pares de sapatos e vários pares de chinelos;
• 4 Sobretudos;
• Vários chapéus e bonés;
• Um ramo de bengalas e guarda-chuvas serão conservados no hall de entrada num alto vaso Ming ou numa carcaça de morteiro da primeira guerra mundial;
• 2 Mandas de bolas de naftalina (a traça, essa repugnante importação do Continente, põe 5 a 100 ovos de uma só vez que chocam em dez dias… mas o gentleman gosta desse cheiro particular que lhe recorda o gosta da conservação e o respeito pela tradição);
• …e, lá em baixo, mesmo lá no fundo, várias peças de roupa, oferecidas por admiradoras ou sogras e que o gentleman ainda não esteve em medida de deitar fora ou destruir.


E mais, ele guardará cuidadosamente todas as peças de roupa que deixaram de servir, para alegrar os miúdos ou para eles lhe darem nova vida (na condição que a sua esposa não as tenha anexado para seu próprio uso, em particular os casacos de tweed ou de smoking, ideia essa que faz estremecer o gentleman que não terá coragem de dizer algo. Ele guardará de forma astuta as suas camisas demasiado estreitas, explicando que um dia perderá peso e que voltarão a servir).

Encontraremos também nesse guarda-roupa os blazers e bonés da sua (s) escola (s) e da sua Universidade como o seu uniforme militar (incluindo as roupas interiores), além dos múltiplos brinquedos que ele adorou: um urso de peluche, um Mecano com uma Torre Eiffel meia concretizada, uma caixa de magia – da qual ele ainda não percebeu ainda os truques –, uma colecção de soldadinhos de chumbo carinhosamente embrulhados em papel de seda e, talvez, algumas revistas atrevidas compradas em Hamburgo numa viagem de negócios demasiada regada e das quais ele não sabe como se desfazer sem ser identificado.

De tempos a tempos, em períodos de profunda depressão, ele voltará a vestir blazers às riscas e uniformes, tentando reviver algumas das suas horas de glória do passado…

NADA É DEITADO FORA

O gentleman vestirá as suas roupas até caírem em farrapos e nunca deitará nada fora (o que é totalmente oposto a certa categoria de novos ricos que retiram do monte de roupa vistosa e sem critério de pronto a vestir, qualquer peça que comesse a apresentar os sinais de algum uso, o que por incrível que pareça comesse a apresentar a deliciosa “patine” da idade e do conforto).

De qualquer jeito, a maior parte das roupas de “troggies” transforma-se rapidamente em trapo ao fim de um ano ou dois ou, melhor, merecem ser deitados fora pelo simples facto da sua insuportável vulgaridade: revoltantes camisas de cantor pop, gravatas de veludo, impermeáveis em nylon limão verde ou cor de laranja! E todos os acessórios “que fazem a publicidade da Burberrys” diz James Holden-Taylor.


Costuma-se dizer que o escritor e crítico britânico A. N. Wilson veste sempre a mesma roupa (fato completo com colete, laço e uma camisa enrugada) até que cheire. Deitas para um canto do quarto e volta-os a vestir quando já não cheirão. Pode parecer ligeiramente excessivo mas tem a vantagem de marcar a diferença de atitude entre o Gentleman, seguro de si, e o troggies sempre hesitante.

A menos que tenha herdado dum traje (para os casamentos) ou de uma jaqueta que lhe assente bem (o lustro ligeiramente esverdeado que as velhas roupas vão ganhando é tão apreciado!) ele alugará os seus trajes formais na Moss Bross ou noutro lado. Ninguém tem nada a dizer porque a maioria das pessoas assim a fazem e são demasiados educados para o referirem. A atitude como o gentleman usa a roupa, alugada ou não, só pode enaltecer a sua classe.

Enquanto o troggie primário, agita-se, coça-se, puxa as mangas, terá um ar ainda mais estúpido do que nas suas roupas do dia-a-dia, o gentleman deslizara no meio da multidão elegante como se ele usa-se um traje todos os dias da semana, o que na realidade ele faz, pelo menos moralmente.
«Ele trazia as suas calças de veludo deformadas, um casaco de tweed que já tinha visto melhores dias, sapatos castanhos simples e uma gravata velha e manchada, em resumo a roupa adequada. E não tinha necessidade de a alterar.» (The Sunday Times, a propósito do falecido duque de Beaufort.)

Espero que este capitulo tenha sido do vosso agrado, na próxima semana, irei explicar a diferença entre gentleman, charlie, e troggie.

Até segunda-feira e seja elegante,

Cordialmente,

O Ancião

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O Guarda-fatos de um Cavalheiro





Caros amigos, após alguns pequenos artigos neste blogue, vou progressivamente entrar no sumo da questão. Quais os elementos base na constituição do nosso guarda-fatos quando decidimos ser um verdadeiro “Gentleman”.


Antes de responder a essa questão devemos primeiro reflectir nas ocupações do nosso cavalheiro (profissionais, sociais ou outras), que a aquisição das várias peças não devem ser feitas num só momento, mas sim progressivamente (sendo um prazo razoável de 10 anos), com a aquisição de novas peças e renovação das antigas. Um conselho sempre que tenha o básico inicial preferir pouco mas bom apostando na qualidade e não na marca (com a experiência, rapidamente vai verificar que os dois raramente caminham juntos). A lista que se segue é principalmente adequada para serviços e escritórios, e pode-se considerar um mínimo absoluto, mas eficaz para com gosto e critério, saber estar na Arte da Elegância.


· 5 Fatos escuros
· 1 Casaco sport de tweed
· 1 Blazer azul-escuro

· 2 Calças de fazenda em cor cinza
· 2 Calças de sarja de cor beijes
· 1 Calças de bombazina ou ganga

· 4 Camisas brancas
· 4 Camisas de cor (azuis, beijes, e rosa)
· 4 Camisas com riscas
· 3 Camisas aos quadrados

· 1 Gaveta cheia de meias, principalmente escuras
· Alguns lenços de seda ou linho para os bolsos do casaco, principalmente brancos, crus e com motivos.
· 1 Dúzia de gravatas de seda

· 5 Pares de sapatos
· 2 Sobretudos, um escuro e outro claro
· 1 Guarda-chuva de bengala
· 1 Par de luvas
· Chapéus, e boinas em tweed
· 3 Pijamas de algodão
· 1 Roupão
· 1 Par de pantufas


Esta lista não pretende ser exaustiva, é uma base para iniciar, ou remodelar o seu guarda-roupa. Pode seguir esta relação, ou pelo contrário dar o seu toque, no que se refere às cores e materiais utilizados, mas pode seguir o nosso referencial. Uma vez bem iniciado, vai perceber que o porte correcto destas peças de roupa dá-lhe nova segurança e consequentemente uma elevada elegância. Após os primeiros passos poderá jogar um pouco (sem exagerar) nas cores e nos estilos.



Outra dúvida que surge é o custo de andar vestido dessa forma, o que lhe posso dizer é que qualquer guarda-roupa num estilo “vaqueiro”, “fashion” será muito mais caro. Nas nossas pesquisas obtivemos para o conjunto dessas peças por 2500 euros, sem ser em promoção ou época de saldos. Parece muito de uma só vez, mas como falei no inicio o investimento é feito em 10 anos (quanto gastou nestes últimos dez anos em roupa, sapatos e acessórios?).



Na próxima semana para lhe dar uma visão inglesa do “guarda-fatos de um verdadeiro Gentleman Inglês” irei apresentar a tradução do capítulo do mesmo nome do livro Le chic Anglais de James Darween.

Até segunda-feira, e seja elegante,

Cordialmente,

O Ancião

PS: O orçamento foi realizado por mim, para a lista em questão para ter o mínimo de qualidade ao menor preço. Para isso utilizamos os preços referenciados pela empresa Nunes Corrêa no seu site e página Facebook. Desde já indico que não sou sócio ou empregado dessa loja, e que a única compra que fiz foi a compra de um lenço de bolso como teste de compra online. No entanto pelo seu historial, e pessoas satisfeitas que vou encontrando utilizei-a como referência. No entanto desafio outras empresas a apresentar um orçamento para a mesma lista ou para as peças por ela comercializadas para ter uma visão de conjunto.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Manual del Perfecto Caballero


"Manual del Perfecto Caballero - Normas Básicas del buen vestir" de José Maria López-Galiacho nas ediciones martínez roca, é um livro da primavera de 2011, que eu tinha muita curiosidade em ler, visto seguir atentamente os bons artigos do autor no blog "el aristocrata" e a sua coluna semanal no jornal económico www.extraconfidencial.com, sol o nome de Jeeves "El Mayordomo". a minha conclusão é que pelo preço 20 Euros conseguimos obter um manual no sentido educativo, com o porquê das regras serem de determinadas formas e não terem sido inventadas ao acaso. Em 300 paginas obtemos todas as regras de etiqueta e bem vestir, no trabalho, ao fim de semana ou num casamento. Deveria ser um manual a passar de pai para filho da mesma forma que no livro se indica que a roupa ou acessórios o deveriam ser. De leitura muito fácil, empolgante tem tudo o que um homem elegante deve saber. O único defeito: a qualidade das imagens a preto e branco, sendo parcas e sem legendas.
De qualquer forma se passar numa livraria em Espanha quer seja num dos seus passeios para encher o depósito em Badajoz ou Vigo, ou procurar leitura para as praias de Ibiza, não perca este Livro.
E seja elegante.

O ancião

sábado, 28 de maio de 2011

Intervalo: O politico mais bem vestido das legislativas 2011

Não pretendendo trazer para este blogue nenhuma filosofia política, nem elegendo o Dr. Paulo Portas como o político do meu coração, tenho no entanto que o eleger como o líder político mais elegante do panorama português. É muitas das vezes criticado por esse facto pelos jornalistas mal vestidos e mal cheirosos, que enchem as redacções portuguesas na imprensa francesa seriam denominados de Pós 1968 ou Baba cool, como um Lorde Inglês, com pose de Estado.

Concordo que as camisolas de gola alta do tempo do Independente já passaram. É um homem preocupado com a aparência quer esteja vestido de forma séria ou desportiva. A prova dessa preocupação vem de num canto de um reportagem realizada nos tempos de Ministro da Defesa, um dos livros de gabinete ser “O Gentleman” de Bernhard Roetzel. Mesmo nos pequenos vídeos de campanha o n.º 21 tem por nome “Onde é que compra os seus fatos?”




A seguir podemos ver que mesmo na visita às peixeiras comprovado pelas escamas na biqueira do sapato identificamos um sapato de borzeguim castanho, com uma tentativa de glassage na frente.



terça-feira, 24 de maio de 2011

A elegância clássica masculina: uma moda intemporal




Tenho que admitir que todos os dias me parece mais difícil definir o que pode ser considerado uma forma elegante de vestir e o que não é. De forma simples, sempre que saio à rua parece-me que menos pessoas compartilham da minha opinião. Só em determinados lugares e ambientes, ainda posso ver que as regras são respeitadas, o normal na televisão e revistas são as chamadas tendências e modas serem preferidas, levando os aplausos da maioria.




Estão longe os tempos onde as regras não escritas eram do conhecimento de todos. No entanto, hoje vivemos num período caracterizado pela ausência de regras e no vestir essa falta de regras não é excepção, esse facto é descrito como revolucionário e moderno, o que para um homem verdadeiramente elegante é absurdo e ridículo. Resumindo, o que para uns é actualmente moderno será relembrado no futuro com totalmente desprovido de elegância.



Os grandes gurus da moda, no seu desejo de inovar, criam todas as estações, colecções que na minha opinião são absurdas. Eu considero que se pode ser ousado e desinibido mas não ridículo. Temos vários casos de que gostamos como Brummell, Holden Milton ou o caso mais conhecido de Edward VIII.

É frequente nas revistas cor-de-rosa, figuras públicas serem votadas ou eleitas como os “mais elegantes”, a sua única virtude é de serem conhecidos e terem acesso à comunicação social, onde lhes é dado tempo de antena, falar de elegância e ganhar dinheiro com isso. Antes disso é de bom-tom perguntarmo-nos o que aconteceria se um de nós pensasse, por exemplo, usar um fato três tamanhos mais pequenos, ou até mesmo a roupa manchada ou rasgada. Em qualquer emprego seriamos convidados a ir ao médico ou mudar de profissão, ou então ir viver “numa tribo” (programa televisivo, supostamente um cavalheiro não perderá tempo a ver tal inutilidade).



Uma das coisas que me põe deveras irritado é quando numa entrega de prémios, recepção ou acto oficial, local onde o organizador vai adequadamente vestido, ele tem a “obrigação” (que lhe vem da sua educação de gentleman) de cumprimentar indivíduos que por se acharem alguém, se permitem a ousadia de comparecer de “jeans”. Isso demonstra uma falta de respeito e de má educação perante o seu anfitrião.

Penso que se pode estar vestido de forma perfeitamente actual sem chamar a atenção. De forma simples sem necessitar de gastar uma fortuna, um simples fato azul-escuro, com uma camisa azul, uma gravata, um lenço de bolso e uns Oxford, dá-nos logo um toque de elegância discreta sem necessitar de qualquer ousadia pseudo Dandys.






È por isso interessante recordar a forma clássica dos anos 30 de Marshall Field, Anthony Drexel Biddle, Markoe Robertson e Fred Astaire, que com pequenas alterações, podem ser tão actuais como outrora.

Sem ponta de dúvida, estou convencido que o que hoje se denomina e concorda ser as tendências estarão ultrapassadas dentro de poucos anos. Por acaso, estas fotografias de ícones dos anos 60: Sean Connery e Roger Moore, não estão perfeitamente actuais, com uma grande elegância?



Para terminar, a Elegância Clássica é como a arte, nunca passa de moda, mas descrevendo com palavras de Hippolyte Taine: “ a arte é como uma laranja, que precisa de um chão e de uma clima adequado para florescer e dar fruto”.

O ancião.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O cartão de visita do cavalheiro


Este artigo foi largamente inspirado no Livro “O Gentleman” de Bernhard Roetzel.

Temos que definir desde o início uma coisa: um homem não se torna num cavalheiro mercê do vestuário, mas pelo contrário, um verdadeiro cavalheiro será sempre um cavalheiro, mesmo sem vestuário. Mas seria um erro concluir que a nossa aparência exterior não é importante. O vestuário é o cartão de visita da nossa personalidade. Deveria portanto corresponder-lhe.

O estilo de um cavalheiro não é sinónimo de estrito conservadorismo. Por maiores que sejam, o poder e a abastança não tornam um homem cavalheiro. Não obstante, aquele que se esforça e cuja ambição com sucesso…! Ah, é a este que se abre um mondo maravilhoso – um mundo ao qual se só a poucos é conhecido o acesso. E aí reconhece-se: para ser um cavalheiro não chega uma determinada indumentária, se bem que tal constitua um pressuposto. É igualmente requerido um comportamento específico, uma vez que um cavalheiro é extremamente digno e a sua conduta instintivamente sempre correcta. Um verdadeiro cavalheiro vela por que mulheres e crianças entre nos barcos salva-vidas, afundando-se ele próprio com o navio. Sabe quando uma senhora deseja companhia e quando prefere estar só. Prefere beber um copo de bom champanhe do que uma garrafa de vinho barata. O cavalheiro nunca é indelicado, mesmo que seja confrontado com o mais arrogante e boçal dos indivíduos.

Mas a parte exterior (vestuário) de um cavalheiro demora alguns anos até ser constituído. Um guarda-roupa tem que crescer como o equipamento de uma casa. Isto corresponde a um processo extremamente individual, que pode e deve levar cada um a um rumo muito próprio. Como já foi mencionado: o vestuário é o cartão de visita da nossa personalidade.


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Sejam bem-vindos ao Blogue A Arte da Elegância Masculina

Na Wikipédia a palavra Elegância “é a qualidade do que é elegante e, portanto, possui uma certa harmonia caracterizada pela leveza e facilidade na forma e movimento. É o atributo de ser eficaz e simples. “

Quero neste blogue sobressair dos outros blogues, por ser português, não ter pretensão se ser melhor do que os outros, mas quero demonstrar com pequenos artigos demonstrar que bom gosto e boas maneiras são coisas simples e muitas das vezes ao alcance de qualquer um.
Após visitar frequentemente diferentes blogues dedicados à Elegância Masculina comprovei que os de língua nacional eram quase nulos, e que os outros eram muitas das vezes levados pelas tendências dos seus patrocinadores. Muitos confundem Moda e Estilismo com Elegância, sendo muitas das vezes o arquétipo as revistas cor-de-rosa onde se vê muitas das vezes o que não vestir ou não fazer, como o IN, quando o mais certo é estar totalmente OUT na época seguinte, um homem elegante será sempre elegante, mesmo se a roupa que veste tiver muitos anos. Foi tudo isso que me levou a escrever este blogue, para mim ou para alguns que possam se identificar com esses gostos.

Falaremos da forma de bem vestir, dos acessórios mais adequados para cada ocasião.
Este blogue dirige-se a todos aqueles que querem melhorar, mudar de estilo de vestir, desfrutar de pequenos prazeres, etc. Sem no entanto para isso necessitar de grande poder de compra.

Até breve,

O Ancião