sábado, 28 de maio de 2011

Intervalo: O politico mais bem vestido das legislativas 2011

Não pretendendo trazer para este blogue nenhuma filosofia política, nem elegendo o Dr. Paulo Portas como o político do meu coração, tenho no entanto que o eleger como o líder político mais elegante do panorama português. É muitas das vezes criticado por esse facto pelos jornalistas mal vestidos e mal cheirosos, que enchem as redacções portuguesas na imprensa francesa seriam denominados de Pós 1968 ou Baba cool, como um Lorde Inglês, com pose de Estado.

Concordo que as camisolas de gola alta do tempo do Independente já passaram. É um homem preocupado com a aparência quer esteja vestido de forma séria ou desportiva. A prova dessa preocupação vem de num canto de um reportagem realizada nos tempos de Ministro da Defesa, um dos livros de gabinete ser “O Gentleman” de Bernhard Roetzel. Mesmo nos pequenos vídeos de campanha o n.º 21 tem por nome “Onde é que compra os seus fatos?”




A seguir podemos ver que mesmo na visita às peixeiras comprovado pelas escamas na biqueira do sapato identificamos um sapato de borzeguim castanho, com uma tentativa de glassage na frente.



terça-feira, 24 de maio de 2011

A elegância clássica masculina: uma moda intemporal




Tenho que admitir que todos os dias me parece mais difícil definir o que pode ser considerado uma forma elegante de vestir e o que não é. De forma simples, sempre que saio à rua parece-me que menos pessoas compartilham da minha opinião. Só em determinados lugares e ambientes, ainda posso ver que as regras são respeitadas, o normal na televisão e revistas são as chamadas tendências e modas serem preferidas, levando os aplausos da maioria.




Estão longe os tempos onde as regras não escritas eram do conhecimento de todos. No entanto, hoje vivemos num período caracterizado pela ausência de regras e no vestir essa falta de regras não é excepção, esse facto é descrito como revolucionário e moderno, o que para um homem verdadeiramente elegante é absurdo e ridículo. Resumindo, o que para uns é actualmente moderno será relembrado no futuro com totalmente desprovido de elegância.



Os grandes gurus da moda, no seu desejo de inovar, criam todas as estações, colecções que na minha opinião são absurdas. Eu considero que se pode ser ousado e desinibido mas não ridículo. Temos vários casos de que gostamos como Brummell, Holden Milton ou o caso mais conhecido de Edward VIII.

É frequente nas revistas cor-de-rosa, figuras públicas serem votadas ou eleitas como os “mais elegantes”, a sua única virtude é de serem conhecidos e terem acesso à comunicação social, onde lhes é dado tempo de antena, falar de elegância e ganhar dinheiro com isso. Antes disso é de bom-tom perguntarmo-nos o que aconteceria se um de nós pensasse, por exemplo, usar um fato três tamanhos mais pequenos, ou até mesmo a roupa manchada ou rasgada. Em qualquer emprego seriamos convidados a ir ao médico ou mudar de profissão, ou então ir viver “numa tribo” (programa televisivo, supostamente um cavalheiro não perderá tempo a ver tal inutilidade).



Uma das coisas que me põe deveras irritado é quando numa entrega de prémios, recepção ou acto oficial, local onde o organizador vai adequadamente vestido, ele tem a “obrigação” (que lhe vem da sua educação de gentleman) de cumprimentar indivíduos que por se acharem alguém, se permitem a ousadia de comparecer de “jeans”. Isso demonstra uma falta de respeito e de má educação perante o seu anfitrião.

Penso que se pode estar vestido de forma perfeitamente actual sem chamar a atenção. De forma simples sem necessitar de gastar uma fortuna, um simples fato azul-escuro, com uma camisa azul, uma gravata, um lenço de bolso e uns Oxford, dá-nos logo um toque de elegância discreta sem necessitar de qualquer ousadia pseudo Dandys.






È por isso interessante recordar a forma clássica dos anos 30 de Marshall Field, Anthony Drexel Biddle, Markoe Robertson e Fred Astaire, que com pequenas alterações, podem ser tão actuais como outrora.

Sem ponta de dúvida, estou convencido que o que hoje se denomina e concorda ser as tendências estarão ultrapassadas dentro de poucos anos. Por acaso, estas fotografias de ícones dos anos 60: Sean Connery e Roger Moore, não estão perfeitamente actuais, com uma grande elegância?



Para terminar, a Elegância Clássica é como a arte, nunca passa de moda, mas descrevendo com palavras de Hippolyte Taine: “ a arte é como uma laranja, que precisa de um chão e de uma clima adequado para florescer e dar fruto”.

O ancião.