Vivemos numa época, de valores invertidos. No qual a juventude merece o respeito e a admiração, antigamente dedicada à experiência, e “os velhos sentados no banco do jardim” da cantiga, são considerados um fardo, uns inúteis, desprezados e abandonados. Esse facto leva os adultos do mundo inteiro a recorrer a mil e uns estratagemas, na esperança de serem jovens para sempre.
Temos varas de porcos a fingir ser leitões! Manadas de Touros Bravos a fantasiar ser novilhos. A gente feminina em vez de mostrar todas as vantagens que uma mulher madura possa ter, sprintam para comprar a nova pomada antirrugas, anti idade, tornam-se através de cirurgiões plásticos, criaturas nas mãos do Dr. Frankenstein. Os homens por seu lado pintam o cabelo e a barba e tomam comprimidos azuis que prometem uma ereção duradoura.
Antigamente os jovens esforçavam-se por amadurecer mais cedo, felizes por trocar os calções por calças, podar contar os primeiros pelos na venta. Hoje o inverso se produz, temos velhos de calções, envergando as suas pernas amorfas, com varizes e derrames a rapar os pelos púbicos, aparentando serem colegas dos filhos ou netos.
Ao nível da vestimenta masculina a mensagem consiste em incutir que mais vale disfarçar-se de rapaz do que se afirmar como homem. Não é verdade, que o primeiro é mais forte, dinâmico e bonito? E como o jovem é mais inconsciente como consumidor, todas as marcas tem interesse em que sejamos todos jovens.
Se mesmo assim, lhe restam dúvidas, repare nas páginas das revistas de modas e não será surpreendido por ver que a inversão está instalada, o homem do inicio do século XXI, é um ser efeminado, de estrutura frágil, um misto de criança adulto. São rapazes eternos, que deitaram a masculinidade ao lixo para viverem num país imaginário da elegância.
O homem da moda é um Peter Pan que se recusa a crescer. O macho atual é um rapaz gentil, um companheiro perfeito, um empregado dócil e maleável.
A maior parte dos criadores de moda são velhos homossexuais que idolatram a juventude, tentando desesperadamente prolongar a sua, modificando radicalmente a aparência pelo milagre do bisturi do cirurgião plástico.
Eu, não quero desaparecer devagar, fugindo dos olhares da multidão. Vou ficar e ser muito velho, e ter prazer nisso. Voltarei ao tempo que nunca deveria ter deixado de ser. Onde velho, cheio de elegância, junto da minha esposa de cabelos brancos, com rugas e com o seu sorriso, aquele que só as avós sabem ter, aquele que nunca desapareceu, sim porque o dela não foi moldado pelo cirurgião, e rir faz bem. Viveremos ambos, como reis, tentando sermos nós até ao fim!
Seja elegante,
O Ancião
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